quarta-feira, 9 de maio de 2012

De Messines até Silves, 2ª parte










 

Uma das lições mais importantes da Via Algarviana, passa por mostrar os habitats de muitas das plantas autóctones, que compõem a flora algarvia. Ao logo dos 300 km de caminhada, podemos observar algumas das mais belas paisagens desta região, e muitas das mais belas flores e plantas do nosso pais.
Sem dúvida, vou ficar a conhecer melhor muito aquilo que cresce por cá, e como cresce, o que será muito útil de futuro nos jardins que vou criando...

terça-feira, 8 de maio de 2012

Novidades na Catita








... e o trabalho continua, hoje debaixo de um Sol quente, que me deu um bronzeado de fazer inveja a muitos! E foi criada mais uma ilusão ótica. Como tenho por hábito colocar plantas nos muros, para lhes dar vida, desta vez pensei: e se eu, desta vez, colocasse uma árvore no muro?
Pois bem, como optei por não cortar uma velha amendoeira, que interferia com a construção do muro, resolvi integrá-la nele o melhor possível, criando a ilusão de uma espécie de vaso, a 2 metros de altura. Quando é vista do jardim, a copa da amendoeira parece, desta forma, sair de dentro do próprio muro. Penso que será mais um motivo de conversa entre todos os que visitam o espaço. 
Seria bom se o reboco, ao secar, mantivesse a cor que tem neste momento, porque gosto bastante deste tom, mas já sei que irá ficar mais claro.
Para alegrar ainda mais o espaço temos em floração, neste momento, algumas "bocas de lobo" (Antirrhinum), e algumas papoilas (Papaver somniferum), com suas cores intensas.  

segunda-feira, 7 de maio de 2012

De Messines até Silves, 1ª parte











Ontem percorremos mais um setor da Via Algarviana,  com um total de 27 km. O local de encontro, e início de caminhada, foi na vila de S. Bartolomeu de Messimes, de onde são as fotos que mostro hoje. Esta vila ainda possui, na avenida principal, algumas belas casas burguesas construídas entre o final de séc. XIX e princípio do séc. XX. A Messines ficou associada a indústria das mós em grés, sobretudo as que se destinavam a afiar facas, tesouras e espadas. Muitas são as pequenas pedreiras já desativadas, que ainda hoje podemos encontrar  nas suas redondezas. Também é de referir que é a terra natal de João de Deus, poeta e pedagogo do séc. XIX.
Chamo a atenção para mais 4 belos exemplares de chaminés algarvias, construídas no final de séc. XIX.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Termino com os bonecos "maios" do Algarve, mas não só...












Se há coisa que este nosso país tem, são tradições muito peculiares, como é o caso dos bonecos que podemos admirar em muitas povoações, a partir do 1º de Maio. Conhecidos como "maios", estes bonecos representam pessoas no seu quotidiano, e têm sempre um intenção crítica ou cómica. Podemos encontrá-los junto às casas, ou na berma das estradas, e assemelham-se a espantalhos, mas muito cuidados. A tradição parece remontar aos romanos. Como curiosidade, a ilha Terceira, nos Açores, também os tem.
Espero não vos ter chateado muito com tantas fotos deste passeio na Via Algarviana, mas ser-me-ia difícil não partilhar estes belos cenários naturais, deste Algarve tão desconhecido para a maior parte de nós... 
Esta caminhada de 30 km corresponde ao sector 13 da Via Algarviana.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Caminhada de terça-feira, 3ª parte






Mais algumas belas imagens da última caminhada, realizada no 1º de maio na Via Algarviana.
Chamo a atenção para a riqueza cromática das tradicionais carroças algarvias que, infelizmente, nem sempre são bem conservadas por quem as possui. Recordo uma carroça do meu avô, que era guardada debaixo de um telheiro por razões de conservação, que não é o caso desta que fotografei...

quarta-feira, 2 de maio de 2012

As mais bonitas flores de esteva...





Algo amarrotadas e de efémera existência, estas enormes flores de esteva (Cistus ladanifer) estão entre as minhas favoritas. Não sei quantas vezes já o disse aqui, mas nunca é de mais recordá-lo. E quando o intenso aroma a mel está associado às plantas, sobretudo após alguma chuva e algum calor, então, fico  encantado e nostálgico, recordando as minhas primeiras memórias das viagens ao Algarve. Bastava-me entrar na zona da serra, logo após o baixo Alentejo, onde esta planta é muito comum, e logo a minha mãe (uma filha do Algarve) dizia: "Já cheira ao Algarve..." 
E assim fiquei com a mais doce memória desta região, associada ao perfume que, generosamente, se liberta dos matos compostos por estevas. Se houve algo que contribuiu para que ficasse a residir por cá, esse algo passou por estes aromas, que nenhuma outra região do mundo, por onde andei e vivi, durante tantos anos, me proporcionou.
A caminhada de ontem passou por um dos percursos da Via Algarviana onde encontrei as maiores e mais belas flores que vi até hoje, e isso talvez explique a quantidade de vezes que parei para fotografá-las, a maioria das 524 fotos que tirei... 
Fica aqui o meu tributo às flores da esteva do reino dos Algarves, o que, por si só, seria capaz de me fazer voltar a percorrer os 30 km do percurso.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Dia de mais uma caminhada...







Desta vez foram mais 30 km entre Bensafrim e Vila do Bispo, em pleno parque natural da Costa Vicentina, e que me deixaram mais morto do que vivo ;-). Fica aqui um cheirinho do que tenho para partilhar, nos próximos dias, sobre esta fantástica Via Algarviana.