O jardim na Quinta dos Reis, em Alcantarilha, está finalmente (quase) pronto! Mesmo antes da minha viagem, para iniciar o meu novo projecto, na Florida, e também mesmo a tempo das primeiras chuvas de Inverno. Tudo começou por um convite feito pelos amigos Reis Cabrita e, como já é hábito da minha parte, não sabia o que e quando fazer, apenas disse que sim...
Ao longo dos últimos meses, planta a planta, pedra a pedra, o espaço começou a tomar forma. Claro que só com o voto de confiança dado no início pude seguir ao meu ritmo, o que nem sempre é possível. As soluções aqui postas em prática, dependeram sempre do meu estado de espírito, daquilo que ia encontrando ao longo do meu caminho, das idas à serra, a Sintra, ao caixote do lixo (o meu "garden center" favorito), etc., etc. O facto de também ter tido a família Reis Cabrita a participar em alguns dos momentos deste processo foi uma mais valia essencial, pois acredito que as memórias adquiridas ao longo do projecto são um aspecto fundamental para quem o vai viver.
A selecção de plantas para o projecto teve em conta a sua resistência à falta de água, pormenor importante no Algarve, assim como gostos partilhados entre mim e os proprietários. Entre elas, estão algumas variedades de agaves (p.ex., o Ferox, disfarçado de árvore de natal na foto...!)), de aloés, lírios, uma palmeira-anã do Algarve, alfazemas, estevas, alecrins e tomilhos, as 4 últimas fazendo parte da paisagem natural algarvia, detentoras de aromas específicos. A acompanhá-las, muitas pedras escolhidas a dedo (do Barrocal algarvio, do Alentejo, de Sintra, etc.), que se tornam em elementos escultóricos únicos que pontuam toda a área do jardim. O elemento principal deste espaço (um tronco) surgiu por acaso, e graças a ele nasceu a ideia de criar uma ribeira seca e um espaço convidativo à contemplação.
No geral, o jardim pode ser dividido em 4 "instalações": até à ribeira seca, uma zona mais árida com agaves, aloés e seixos; depois, integrando o tronco, uma zona de sombra coberta a casca de pinheiro; a terceira, é a das ervas aromáticas; para terminar, uma zona dedicada aos lírios e alfazema selvagens do Algarve. A pontuar o espaço, que tem a forma triangular, uma Yuca.
I love the use of stone!
ResponderEliminarNós,os felizardos uitilizadores deste jardim... soimos testemonhas do percurso orgênico da sua construção. Umas vezes como observadores outras como colaboradores(poucas) somos testemunhas do somatório de felizes coincidências que permitiu a sua finalização. Foram surgindo: as pedras,as plantas e a companhia... Foi surgindo: a obra, o espanto, a surpersa... Fomos sentindo: a arte, as emoções e a companhia!!!
ResponderEliminarBêjos para a equipa
correcção: "... somos testemunhas do percurso orgânico/expontâneo..."
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