segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Primavera anunciada e perfumada...


À volta da Casa Catita existem várias árvores de fruto com diferentes épocas de floração, o que faz com que exista sempre alguma em flor. Neste momento, e depois do aroma doce a flor de amendoeira, é a vez das laranjeiras, do pessegueiro e desta ameixeira. A estes aromas, juntam-se ainda o do jasmim e das frésias, pequenas mas potentes em perfume! Um verdadeiro festival de aromas, de fazer inveja a qualquer loja de perfumes. Só é pena ainda não conseguir fazer acompanhar estas fotos com os seus aromas...
Para além deste pormenor, ter árvores de fruto espalhadas pelo jardim é uma boa forma de aproveitar toda e qualquer água que, por vezes, tem de ser utilizada em momentos mais apertados de seca. E assim, junta-se o estético ao utilitário!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Cistus incanus


As estevas são parte importante da paisagem no Algarve. São plantas muito robustas e com uma capacidade de sobrevivência em solos pobres e sem regas, por isso, tem feito parte da minha selecção de plantas sempre que projecto um espaço verde. Este é o aspecto nesta altura e esta fotos foram tiradas no jardim da Tina. E com esta mensagem ficam aqui os meus votos de um bom fim-de-semana.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Achado do dia: um campo de ...?



Mais uma ruína ajardinada no Algarve. Junto a um moinho em ruínas, crescem centenas destas flores e há muito que tento saber o nome e a sua origem. Sei que não é originária do nosso país e que está muito bem adaptada a este terreno de areia.
Alguém me pode ajudar a identificá-las?

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Seixos "equilibristas"...


Esta foto corresponde ao novo recanto do jardim da minha amiga Tina. Comecei a construí-lo há cerca de dez anos e ainda não está terminado, contando já com mais de 3000 m2, divididos por vários recantos em que a pedra está bem presente. Sempre gostei de utilizar seixos em espaços verdes e quando desafiam as leis da física, melhor, como é o caso da foto. O recurso a pedras é sempre uma forma rápida de reduzir manutenção num jardim. Tenho sempre muito cuidado na sua escolha pois acredito que o seu valor estético deve sempre ser tido em conta.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Natureza generosa


Aqui está uma boa lição da natureza. Por vezes temos dúvidas sobre as necessidades de determinada planta e se são adequadas ao espaço que pretendemos ajardinar. Por isso, deixo aqui uma sugestão: se a intenção é criar um espaço de baixa manutenção, às vezes basta olhar à nossa volta, como aconteceu hoje. Ao passar junto desta ruína, deparei-me com este cenário primaveril: uma área cheia de gazânias em flor que, acredito, possa surpreender quem por aqui passe. Estas plantas, que são originárias da África do Sul, fizeram parte das opções de jardinagem de alguém, que poderá já não estar entre nós, mas, sem saber, legou-nos um cenário exótico. As condições em que as plantas da foto crescem são muito pobres, o solo é constituído por areia apenas e a única rega é a da chuva, o que, no Algarve, pode nem sempre ser suficiente, excepto para as gazânias, por exemplo. Mas nem por isso deixam de exibir todo o seu esplendor...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Foto do dia: Crassula ovata em flor junto de uma ruína


Como já deu para perceber, sou um apaixonado por chaminés antigas e, neste caso, esta estava muito bem acompanhada por uma bela árvore das patacas em flor (Crassula ovata) plantada por alguém que viveu por ali. Hoje resta a chaminé, a planta e pouco mais...

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Foto do dia: Queiró ou torga (Erica umbellata loefl.)


Ontem ao deslocar-me à "Quinta dos Avós" (uma famosa casa de chá e pastelaria), houve algo que me atraiu a atenção, no meio de um mato: uma macha de cor vibrante que me fez ir até ela para a fotografar. Ao chegar, vi que era uma bela Erica umbellata, e que habitualmente cresce em locais xerofílicos, matagais, etc. Trata-se de mais uma bela sugestão da Natureza para os nossos jardins...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Mais três yuccas...







Por quê comprar, quando facilmente podemos encontrá-las à beira do caixote do lixo? Assim foi esta manhã, ao sair de casa, quando encontrei as três yuccas da primeira foto, e desta forma poupei cerca de €300, pois este poderia ser o preço de mercado para plantas desta dimensão. Têm mais de 2 metros de altura e pertencem à espécie Gloriosa (uma das mais comuns no nosso país). Confesso ter uma grande atracção por este tipo de plantas e, normalmente, sou incapaz de deixar uma pernada que seja e que encontre abandonadas... Já conto com algumas centenas assim recuperadas, e sendo uma planta pouco exigente, sobrevivendo a longos períodos de seca, acaba por ser uma das minhas favoritas quando crio espaços. Desta forma, acabo sempre por fazer uma jardinagem de reciclagem. As fotos seguintes, apresentam alguns dos exemplares assim recuperados por mim nos últimos anos e os cenários que já ajudaram a criar, especialmente na Casa Catita. Além disto, são de fácil plantação: basta enterrar um pouco do tronco na terra (numa área bem drenada, regando apenas quando a terra está seca) e já está!
Um outro aspecto interessante nestas plantas, está associado aos seus bonitos cachos de flores brancas que anualmente produzem. Os povos da América Central consomem-nas de várias maneiras, por exemplo em saladas, omeletas, refogados, etc., e o saber aproxima-se de algo entre o espargo, a fava e a endívia. Desde que fiquei a saber disto, também eu fiquei fã delas! Para os curiosos gastronómicos, aconselho a visita a http://www.thekitchn.com/thekitchn/ingredients-herbs/seasonal-spotlight-yucca-flowers-118881
Noutras variedades de yucca, também os rizomas podem ser consumidos.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O belo gaimão ...




O gaimão, também conhecido por abrótea, encontra-se neste momento em plena floração por todo o Algarve. É mais uma das nossas plantas selvagens anuais, e talvez por isso pouco apreciada por nós, o que, na minha opinião, é pena, pois produz bonitas flores no Inverno. A sua manutenção é fácil e durante a estação seca as folhas morrem, voltando a surgir com as primeiras chuvas. Por cá encontra-se normalmente em terrenos abandonados. Existe uma versão pequena da mesma que produz flor mais tarde.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Dia de plantação...


Hoje foi dia de ir até ao mercado mensal no Algoz (Silves) e, claro, fazer algumas compras... Medronheiros, cebolinho, as novidades da estação que estão na foto e, para terminar, algo bem algarvio: umas deliciosas azeitonas de sal (uma espécie de azeitona "mumificada" em sal com um sabor único, pouco conhecidas, mas um verdadeiro produto gourmet) e um saco de sémola de milho grossa, perfeita para fazer um xerém (as conhecidas papas de milho algarvias, que habitualmente são preparadas com marisco, prato próximo da polenta italiana), e que, acho, vale sempre a pena provar, mesmo que não se viva no Algarve. Depois da ida à feira, foi a altura de plantar, debaixo de alguma chuva.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Passeio de sábado...


Hoje de manhã acordei com vontade de ir ver o mar e de caminhar ao longo da falésia, bem próximo de Albufeira (S. Rafael). E ao longo do percurso pude observar algumas boas soluções paisagísticas para quem tem dúvidas em planear espaços, combinando pedras, plantas e companhia, o meu trio favorito! Perante tais dúvidas, e se a intenção tem como base jardins de baixa manutenção e com utilização de muito pouca água (jardins xerófilos), nada como tirar lições da mestre Natureza , sábia como sempre, ao longo de uma caminhada como esta.
Nesta selecção de fotos, podemos ver alguns arbustos, tais como a giesta branca (Cytisus striatus), a aroeira (Pistacia lentiscus), o zimbro (Juniperus turbinata), a palmeira anã (Chamaerops humilis); flores, como a azedas, uma africana bem instalada (Oxalis pes-caprae), os narcisos brancos (Narcissus papyraceus), o goivo-da-praia (Malcolmia littorea), o cornichão (Scorpiurus sulcatus); e outras plantas, como o bago-de-arroz (Cedum album), os agaves e a piteira, estas últimas originárias da América Central, e há muito por cá enraizadas. Um outro aspecto marcante desta caminhada, e deste tipo de paisagem (tão bela quanto simples), é a mistura dos aromas adocicados de algumas das plantas com o cheiro do mar, uma perfeita aromaterapia 100% natural e gratuita.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Flores da erva-sargacinha



O Algarve no Inverno é um jardim ao ar livre e prova disso é a nossa bela erva-sargacinha (Halimium commutatum). Trata-se de um pequeno arbusto compacto que surge no litoral, normalmente em pinhais e terrenos arenosos, produzindo floração nesta altura do ano com um aspecto interessante, tal como a esteva, e as flores abrem de manhã e em poucas horas perdem as pétalas. Este ciclo de floração dura algumas semanas. Infelizmente por cá, não é muito utilizada nos jardins, o que é uma pena ... 

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Foto do dia: flores de Aeonium arboreum


Já há várias semanas que estes belos conjuntos de flores dão o ar da sua graça no jardim da Casa Catita. Há cerca de 9 anos encontrei esta planta junto de uma casa velha aqui no Algarve, e resolvi trazer alguns ramos. Hoje faz parte da Catita, está enorme e é, sem dúvida, um regalo olhar para elas.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Folhas e as flores do Haemanthus coccineus



As belas flores aparecem do nada normalmente no final de Setembro, e no final de Outubro nada resta delas. Depois timidamente surgem as folhas que, ao longo de vários meses, crescem e de início, quando reparei nesta planta pela primeira, vez achei que não paravam mais, tal era o tamanho das mesmas! Tanto as flores como as folhas são pouco vulgares e em qualquer jardim cativam o olhar até da pessoa mais desatenta ... No final da Primavera, as folhas morrem e desaparece qualquer vestígio das plantas, até voltarem as flores. Este é o ciclo desta planta originária da África do Sul e de fácil cultivo.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Pedra, luz e sombra na Provença










Mais uma vez tive o privilégio de voltar a uma, na minha opinião, das mais bonitas regiões da Europa: a Provença francesa, a terra da alfazema, das cidades (como Avignon, a cidade dos Papas) e vilas (como Montbrun-les-Bains) medievais, quase paradas no tempo. Uma das razões que me fez viajar até estas paragens foi os campos de alfazema e a indústria a ela associada, apesar de agora não poder ver a sua floração, que acontece apenas em Junho/Julho (uma próxima viagem?). Mas tive o prazer de percorrer muitos caminhos nesta região, verdadeiros túneis ladeados por plátanos e ciprestes, e percorrer as ruelas de outros séculos.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Foto do dia: as primeiras flores de esteva do ano



São belas flores de estevas muito aromáticas e efémeras (apenas algumas horas) e estas são as primeiras deste ano do jardim da Casa Catita. A todos os que acompanham este blog um bom-fim-de-semana.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Marmeleiro Japonês (Chaenomeles japonica)

 

Este arbusto é originário do Japão e nesta altura encontra-se em plena floração. Não é muito conhecido por cá, embora possa ser cultivado de Norte a Sul. Há muito tempo que procurava encontrar umas estacas e finalmente consegui: encontrei-o no Jardim do Álamo, em Alter do Chão. Este arbusto tem, entre outras vantagens, ser resistente à geada, produz esta belíssima flor, enquanto as outras árvores ainda estão adormecidas, e assim fica durante uma boa parte do Inverno. Os seus frutos podem ser comparados a pequenos marmelos, e são comestíveis depois de cozinhados. Depois de estabelecido, é também muito resistente a secas.
Na minha opinião, acho que daria uma excelente sebe, se combinado com romãzeiras, e até têm algumas semelhanças: ramificam muito a partir da base, são de folha caduca e a flor aparece antes da folha. Curiosidade: no Japão, é muito utilizado na criação de bonsais.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Do lixo para o hospital...





Os meus jardins são bons hospitais para as muitas plantas que, ao longo dos últimos anos, tenho encontrado no meu caminho. Na verdade, é muito fácil criar um espaço verde "gratuito" (palavra mágica nos dias que correm) bastando para isso prestar alguma atenção ao que é deitado fora depois de uma limpeza feita a um jardim. Foi o caso dos 2 aloés que hoje apresento. Esta manhã lá estavam eles à minha espera... Foram, depois, plantados no jardim da Tina e o local da plantação teve em conta a floração, que normalmente acontece em Janeiro, e as várias perspectivas dessa floração a partir da casa. E, mais uma vez, é graças ao clima fantástico que o Algarve tem que permite este tipo de plantação, dado que quase todas as plantas pegam de estaca, e este jardim é um bom exemplo disso. A comprová-lo está a última fotografia, que mostra algumas das plantas recuperadas do lixo há cerca de um ano. E é destes e de outros prazeres que tento viver o meu dia a dia...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Fim-de-semana em Alter do Chão (Alentejo)


Este foi o fim-de-semana do casamento dos meus amigos Ana e Bruno em Alter do Chão, no Alto Alentejo. Esta região tem sítios fantásticos para passar uns dias, e esta vila e os seus arredores são um bom exemplo. É a terra do silêncio, das cores, dos sabores, dos cavalos lusitanos (http://www.alterreal.pt/home.htm) e de belíssimas paisagens, tanto humanas como naturais, com um património de fazer inveja a muitas cidades. Cada vez mais, esta região tem sido procurada por estrangeiros de outras latitudes que, facilmente, se deixam encantar pelos seus atributos, como é o caso dos meus amigos suecos, o Jan e a Anna, que depois de muito procurarem um sítio para viver aqui no Algarve, foram parar a Moura, onde encontraram o seu monte, o seu lar, rodeado de natureza a perder de vista (para os conhecer melhor e acompanhar a sua paixão pelo Alentejo, visitem http://www.portugal-alentejo.se).
Infelizmente, um dos atractivos da vila, um enorme mosaico romano ("Casa da Medusa") estava tapado, por motivos de conservação... Acho que vou ter de voltar mais tarde para ver esta impressionante cena mitológica (da Eneida, de Virgílio), um dos mais impressionantes mosaicos da Península Ibérica.