Com a chuva, vêem as primeiras sementeiras no Algarve, o que normalmente acontece mais cedo; mas com a falta de chuva deste ano, só agora comecei a semear as primeiras favas. Ontem foram semeadas mais umas quantas, e durante o próximo mês tenciono continuar a cavar os dois lados do caminho privado da Aroeira, em Messines, e semeá-lo com esta leguminosa.
O Algarve é a primeira região do país a colher favas frescas. No meu caso, gosto muito de cultivá-las ao longo deste caminho, com um pouco mais de 200 metros de extensão, que vai desde entrada da propriedade até à casa/ruína. Durante o inverno, as faveiras formam duas bonitas bordaduras.
Esta é, também, uma boa maneira de queimar algumas calorias fazendo algo útil, mesmo que mais tarde não saiba o que fazer com tanta fava...
No final da plantação, ainda houve tempo para apanhar algumas goiabas e limas, que crescem na quinta ao lado, e que, curiosamente, utiliza estas árvores como sebe da propriedade, infelizmente desperdiçando a maior parte da produção, dado que sob estas árvores há tapetes de fruta no chão. Parece que não existe escoamento para o que é produzido cá, e só o importado é que é bom... O Marquês de Pombal já lutava contra a esta realidade, e volvidos alguns séculos, pouco mudou. Será que o que é nacional não presta?