segunda-feira, 20 de junho de 2011

As pedras chave dos projectos





Gosto muito de Arqueologia, e fui educado para entregar no museu local tudo o que encontrava, e que pudesse ter interesse museológico. Foi o que fiz durante toda a minha adolescência, e o museu arqueológico de Sintra transformou-se numa segunda casa. Ainda em Sintra, e na mesma altura, frequentei aulas de escultura com o mestre Anjos Teixeira, na sua casa na "Volta do Duche" e, claro, recordo com alguma saudade as aulas de cerâmica no ateliê da Adriana Jones, mesmo ao lado da casa de chá da Sapa.
Como a peça original ficava no museu, muitas vezes recriava-a em pedra lioz; pouco a pouco, essas pedras começaram a fazer parte dos meus projectos, porque um novo jardim não faz sentido sem umas quantas pedras esculpidas. Estas pedras têm um papel importante, pois são pontos de focagem, centros da atenção de quem passeia por entre as plantas.
A arqueologia continua presente no meu dia-a-dia mas de uma forma nostálgica, nas pedras que trabalho e nas ruínas que crio nos meus projectos.

2 comentários:

  1. Não para de nos surprender com os seus talentos. Gostei dos seus pastiches arqueológicos e devem ficar bem, meio enterrados no jardim, com algum musgo, como se fossem "objets trouvés".

    Abraços

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  2. Olá,

    Sei um sítio no Algarve onde existe uma pedra transparente e brilhante muito grande encrostada
    numa rocha imensa. Ela tem umas letras inscritas que não consigo ler muito bem, mas julgo dizer felicidade. Gostava de a ter comigo mas o rochedo é enorme... Será que é possível reproduzi-la noutra pedra mais vulgar?

    :)

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