Todos os anos, antes das alfarrobas amadurecerem, o que normalmente acontece em Agosto, há a necessidade de limpar o terreno por debaixo das copas das alfarrobeiras. E o que existe para limpar, não são as silvas, mas as espargueiras, com os seus longos picos. Por isso, temos que cortá-las e limpar todo o recinto, antes do início da apanha da alfarroba. Ao contrário de outras regiões que plantam as espargueiras e tiram proveito dos espargos, aqui, elas são a nossa maior dor de cabeça! Na Aroeira, um terreno em Messines, temos algumas árvores centenárias que, ano sim, ano não, produzem muita alfarroba, que é um dos produtos regionais mais conhecido. Este ano, coube-me a mim e ao meu pai esta tarefa. Cá para nós, acho que a minha família nunca sabe o que a espera quando vem de férias ao Algarve...
A Aroeira é o meu ginásio: toda a construção em pedra (material que não falta por lá) foi obra minha e só minha, sem a ajuda de máquinas ou ajudantes, e para lá tenho levado e plantado tudo o que posso recuperar do lixo, e que não precise de muita atenção.
A Aroeira é o meu ginásio: toda a construção em pedra (material que não falta por lá) foi obra minha e só minha, sem a ajuda de máquinas ou ajudantes, e para lá tenho levado e plantado tudo o que posso recuperar do lixo, e que não precise de muita atenção.
Você realmente é o mestre dos muros, faz umas coisas que parecem ruínas, que há muito que estão ali abandonadas. Às vezes nas antigas Igrejas, encontramos lápides funerárias romanas ou antigas pedras visigóticas , reaproveitadas de anteriores construções e esse seu muro evoca essas reutilizações.
ResponderEliminarGostei dessa alfarrobeira centenária. Aliás se o Zé Júlio pudesse falar mais sobre essas árvores tão mediterrãnicas e tão desconhecidas, agradecia. Em Portugal, as unicas árvores que parecem existir actualmente são os pinheiros bravos e os eucaliptos
Abraços Lisboetas
Joe Julius, As I have mentioned in the past, I do enjoy the stone and all you are doing with it. It is a beautiful material. Lots of work, but worth it I think. Tell me more about this carob. I do not know that. Jack
ResponderEliminarOlá Luís. As alfarrobeiras fazem parte do cenário algarvio e, segundo parece, deve-se aos árabes a sua introdução. Os romanos usavam as sementes como medida de peso no negócio das pedras preciosas, pois acreditava-se que o peso era sempre o mesmo e equivalia a um quilate. Hoje sabe-se que o peso das sementes varia muito.
ResponderEliminarA alfarroba ainda tem um peso importante na agricultura local, sendo esta utilizada para farinhas, rações, e o subproduto mais bem pago contínua a ser a semente. As farinhas são, ainda, um muito utilizado ingrediente na doçaria regional, funcionando também como substituto do chocolate, para quem é alérgico a este.
Abraços
Hi Jack. The carob tree is a typical Mediterranean tree, and was probably introduced in Portugal by the Arabs, more than a 1000 years ago. Today, we use it to make flour (used in regional pastry), animal food, and the seeds are used in the cosmetic and chemical industry. In roman times, the seeds were also used to weigh precious stones, as the weight was thought to be the same in every seed (a carat). It's a slow growing tree, and the fruits turn from green to dark brown when they are ready to be collected. We have some specimens that probably date from the time when they were introduced!
ResponderEliminarHave a nice week.