Esta nova "ruína" no jardim da Catita tem, como elemento principal, um vão de porta, criado com algumas cantarias recuperadas de entulhos de obras e que, de acordo com a forma como foram trabalhadas, sabemos que se tratam de cantarias manuelinas, com mais de 500 anos. E terão sido reutilizadas ao longo dos séculos, graças ao seu aspeto robusto. Estamos a falar de umas pedras que sobreviveram ao terramoto de 1755, que arrasou quase por completo tudo o que o homem construiu no Algarve. Estas pedras são verdadeiras viajantes do tempo e representantes de um património muito nosso...
Acho que consegui dar um novo uso e, mais importante, uma nova vida a algo que correu o risco de se perder para sempre. É incrível pensar em tudo o que desperdiçamos... Será que somos assim tão ricos? Ou será que, só por ser "lixo" gratuito, não tem qualquer valor na sociedade em que vivemos?
Ao usar estes materiais antigos e muitas vezes danificados, consigo facilmente brincar com a ilusão do tempo, em que o resultado final suscita sempre curiosidade, pois tudo parece mais antigo do que é na verdade, isto para não falar na mais valia que esta construção representa num jardim.
Um recente comentário feito ao jardim da Catita, dito por um alemão, veio reforçar este meu tipo de trabalho: "gostava de ser criança outra vez, para poder brincar aqui, este é um espaço com muita fantasia". É claro que fiquei muito feliz, pois não consigo conceber um espaço sem essa mesma fantasia, e que hoje em dia parece não fazer muito sentido.
Felizmente que há por aí outros como eu, com os quais tenho muito orgulho de partilhar uma amizade. Se tiverem tempo, passem pelo blog e vejam o que eles têm andado a fazer.
Nossa, fico com inveja de você! Seu portal ficou maravilhoso! E, mais ainda de saber que foi tudo gratuito e histórico! Bom domingo!
ResponderEliminarThe salvaged stone doorway looks magnificent!! Love the owl at the top & the light there too. Congratulations!
ResponderEliminarmóç ficou bnit iss aí. parabens
ResponderEliminarum abraç
Moreno
Como no podia ser de otra manera. Boquiabiertos nos hemos quedado cuando hemos visto el resultado de tanto trabajo. Hay que reconocer el inmenso esfuerzo y amor que pones a tus creacione. En tres palabras olé,olé y olé ¡¡¡
ResponderEliminarOlá José Julio, vim visitar seu blog porque li na postagem do blog Renda de Birras sobre você e sua Catita, mas não imaginava ver o quanto é grande e maravilhosa sua obra. Estou há mais ou menos duas horas lendo e admirando sua postagens. Você é realmente uma pessoa fantástica que todas nós blogueiras devemos conhecer. Eu estou me sentindo uma pessoa de muita sorte por poder seguir seu blog e visualizar sua Catita, suas obras inigualáveis, suas plantas, enfim tudo!!!! O que escrevo aqui é muito pouco pelo que estou sentindo. É muita admiração!!! Nunca tive vontade de viajar, mas agora meu desejo é ir a Portugal e lhe fazer uma visita para ver de perto sua obra prima. Gostaria muito que me enviasse seu endereço para que pelo menos pelo Google eu possa visualizar sua Catita. Lhe desejo muita saúde, paz e bênçãos. Um grande e fraterno abraço de sua nova seguidora aqui do Brasil.
ResponderEliminarEstes recantos ficam cada vez mais fantásticos, dignos de serem vividos, pois só assim se entendem e explicam.
ResponderEliminarEssas cantarias continuam a viver, graças a vós
Manel
Que achado Zé Júlio!!
ResponderEliminarO Manel já me tinha falado nele, mas nem quis acreditar. São umas cantarias notáveis e só demonstram bem a cavalice que tem reinado em Portugal. Só interesa o dinheiro fresco e as coisas acabadas de estrear. Tudo o que é velho, cheira a morte e vai para o lixo.
um abraço