quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Mais umas pedras, plantas e companhia.









E assim correu o último dia do mês. Pedra sobre pedra, rematada com algumas plantas suculentas, o jardim vai avançando, e até já teve direito a um comentário simpático da sogra do Ludgero, uma simpática algarvia de 74 anos que, ao olhar para o trabalho feito, diz "com um valado destes, até a figueira vai prozar" (sentir-se bem). Trata-se de um vocábulo que já não faz sentido para as gerações actuais, tal como todo o trabalho de canteiro que, orgulhosamente, teimo em executar em homenagem, talvez, aos meus antepassados, pois tenho um prazer indescritível em conseguir transformar pedras com as minhas calejadas mãos.
Ainda houve tempo para brincar com um dos "canitos", e apanhar as primeiras flores de aloé, que acabaram por fazer parte do refogado, e que serviu de base a um prato vegetariano do jantar. Este aloé de Natal, como se mantém em floração durante muito tempo, permite a apanha de flores diariamente, sem ser necessário o corte do pé da mesma.

7 comentários:

  1. Olá Zé Júlio, as fotos do teu jardim estão a cada dia mais encantadoras.
    Aqui temos quatro espécies de Aloe, mas não colhemos as flores, pois os colibris as visitam.
    Um grande abraço.

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  2. Zé Júlio quero-lhe agradecer estas fotos, que são uma boa aula.
    Vou estar atento ao que aqui vai fazendo e os meus parabéns, a si e ao seu amigo, que vai ficar com um jardim muito adequado.
    Manel

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  3. Há tanto tempo que eu não ouço este verbo ! Para minha surpresa, o dicionário Aulete até o reconhece :
    -prozar - v. intr. || (Algarve) medrar; dar-se bem num terreno (a planta). Cf. Rev. Lusitana, VII, p. 253.
    Quem escolheu o nome para o Prozac se calhar era algarvio !
    Há muitos anos atrás era muito comum por aqui : " Nã proze com o ar do mar, fique almareada" . " Tás bom, tás gordinhe, prozaste com o ar da praia !Que saudades deste falar regional!

    Maria

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  4. Boa tarde Zéjulio ricas fotos do trabalh que está fazend no jardim do Ludger. É precis ter paciencia para ir pond essas pedras e fazend um valad que hoj é coisa que ja na se faz ou pouc se vai fazend.
    Quant ao prozar da figuera ach que a senhora tem razã. Quant ao falar algravi que vai desaparecend hoj quase todes falam como os lisboetas......Uma coisa que noto mais nos mais noves é que o gerundio dos verbes está caind em desuso. Dizem "tás a ver" em vez de "Tás vend".
    Moreno

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  5. Tô vend e prezand com tanta coisa bnita!!!

    Bons e belos trabalhos


    BIA

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  6. As fotografias estão lindas ...mas não deixo de olhar para o canito ... irresistivel!!!

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