Estes lavatórios, do tempo das nossas avós, formam excelentes suportes para estes meus jardins em ponto pequeno, e facilmente deslocáveis. Tento criar quatro arranjos florais, um para cada estação do ano, e estes são os que plantei para serem apreciados nesta primavera. Uma das vantagens destes "jardins portáteis" é poderem ser deslocados para qualquer espaço (junto a mesas de refeições, centros de pátios em frente às portas da casa, etc). Faço sempre uma selecção de plantas com flores perfumadas e cores fortes. E ao serem colocados num suporte alto, como é a estrutura em ferro do lavatório, tornam-se sem dúvida num ponto de focagem de uma extrema beleza. Ficando junto a uma mesa, teremos uma perspectiva sobre todo o conjunto em flor enquanto degustamos uma bela refeição!
Acho que sou um respigador moderno... Não tenho uma profissão definida, não tenho colegas de trabalho, e vivo dos pequenos prazeres do dia-a-dia, difíceis de explicar. Tudo o que faço é feito com paixão e total entrega àquilo que, para muitos, não tem qualquer valor. Gosto de criar os meus jardins secretos, reciclando, sempre que possível, plantas e outras coisas que vou encontrando no meu caminho. Agradeço a visita daqueles que queiram partilhar das minhas paixões...
quinta-feira, 31 de março de 2011
quarta-feira, 30 de março de 2011
O extraordinário mundo das pequenas orquídeas em Portugal
Um pouco por todo o Algarve, estão em flor estas belas orquídeas delicadas e selvagens. Por vezes, tenho dificuldade em caminhar normalmente, pois o seu número é impressionante e estão por todo o lado. Estas que fotografei hoje, são apenas algumas das muitas que existem por cá. Pequenas, perfumadas e belas, uma preciosidade no Algarve.
segunda-feira, 28 de março de 2011
domingo, 27 de março de 2011
As scillas estão em flor na Catita
O Cupressus lusitanica Mill. não é, ao contrário do que o nome sugere, uma espécie da flora portuguesa. O autor da designação é Philip Miller (1691-1771) e o engano deve-se ao facto de esta espécie ter sido primeiro identificada na mata do Buçaco, para onde terá sido trazida no século XVII do México ou América Central por colonizadores portugueses (segundo A. López Lillo e J.M.Sánchez de Lorenzo Cáceres em Àrboles en España, ed. Mundi-Prensa, 2001).
Para compensar este erro de taxonomia nada melhor que outro em sentido oposto. E cá está ele: a espécie Scilla peruviana L., a que os espanhóis chamam jacinto-do-Perú e os ingleses star of Peru, não é peruana, embora exista na América do Sul por ter sido ali introduzida e naturalizada por colonizadores europeus. Na verdade o géneroScilla, da família Hyacinthaceae, abriga cerca de 40 espécies do Mediterrâneo, e continha algumas poucas da África do Sul que os botânicos transferiram para o género Ledebouria.
A S. peruviana, bolbosa que pode atingir os 40cm de altura, é da região oeste do Mediterrâneo e em Maio-Junho terá recebido em flor os primeiros veraneantes que aportaram ao Algarve; que, de volta a casa, bronzeados e descansados, poderão trazer frutos com numerosas sementes triangulares como lembrança de férias.
(in http://dias-com-arvores.blogspot.com/2007_08_01_archive.html)
sábado, 26 de março de 2011
Depois de um belo almoço
Hoje tive um almoço bem agradável, na companhia de alguns amigos canadianos, com a Tina e o Luís. Foi um almoço dedicado às frésias, e também à doce Betty (ao centro, de azul), uma senhora que faz férias por cá há já muitos anos, e que consegue "arrastar" consigo toda a família. E estou a falar de alguém com 91 anos!
sexta-feira, 25 de março de 2011
Inspirado pela natureza
É bem verdade que cada vez mais tenho menos espaço no jardim, e também não menos verdade, que sou um apaixonado por ruínas. Agrada-me a ideia de recriar cenários usando a ilusão de tempo e, para o conseguir, recorro muitas vezes a pedras que reciclo de casas que são demolidas, e a plantas que surgem frequentemente em espaços abandonados, como ruínas ou muros e, como sempre, a fantasia funciona. Mesmo assim, e se não bastasse, ainda gosto de acrescentar uma ou outra pedra esculpida por mim, criando assim o meu pequeno mundo nostálgico e inspirado na mãe natureza. Hoje foi dia de plantar no telhado da casa da lenha, e num outro beirado decorativo do pátio interior da casa, usando para isso algumas plantas suculentas, bastante comuns, conhecidas como "arroz dos telhados" (Sedum album, L.).
quinta-feira, 24 de março de 2011
Foto do dia: clívias em flor
Em Setembro passado plantei cerca de trinta plantas ao longo de um passeio no jardim que, durante a metade do ano mais fria, ficam mais expostas ao Sol, e no restante período à sombra de uma figueira. Optei por esta localização porque, desta forma, consigo reduzir bastante o número de regas durante os meses mais quentes e secos. O único problema tem sido algumas lesmas que durante a noite se alimentam das flores. A floração tem sido intensa e continua desde Janeiro.
quarta-feira, 23 de março de 2011
Foto do dia: túlipas e frésias
Acho que finalmente consegui encontrar um local no jardim adequado à túlipa. Aqui no Algarve tenho tido muita dificuldade em cultivá-las, em parte por causa do clima, mas este ano resolvi plantá-las num zona mais sombria, e consequentemente mais fria. Acho que encontrei a solução, e embora a planta não se desenvolva muito, as flores, essas, são enormes e belas. Uma outra planta que se encontra espalhada pelo jardim, e em plena floração, perfumando todo o espaço, são estas belas frésias de várias cores e, graças a elas, estou a organizar um almoço no jardim este fim-de-semana.
terça-feira, 22 de março de 2011
segunda-feira, 21 de março de 2011
Foto do dia: família Cocas da Catita
A família aproveitou o primeiro dia de primavera para apanhar um pouco de Sol sobre uma pedra, à beira do lago no pátio interior da Catita. Estas amigas, e mais umas quantas, fazem parte do coro a cappella da Casa Catita... Aproxima-se mais uma temporada musical que só vai terminar em Setembro! Os concertos são diários e gratuitos.
domingo, 20 de março de 2011
Hoje fui à "pesca" de mosaicos hidráulicos
Esta manhã fui até à ria formosa junto a Faro, procurar mais uns mosaicos hidráulicos para usar mais tarde nos meus projectos. Tenho por hábito dizer que vou à "pesca" de mosaicos, e como ontem tivemos uma das maiores marés dos últimos anos, a pescaria correu bem! No passado, estes mosaicos foram muito utilizados em pavimentos de casas (quase um luxo), e por todo o país existiam oficinas que os produziam com os mais variados padrões e cores. Sempre gostei deles e sempre que posso uso-os nos jardins. Formam um excelente apontamento nos pavimentos no exterior da casa, criando muitas vezes a fantasia que acho importante existir num espaço verde. As fotos mostram algumas utilizações que lhes tenho dado.
sábado, 19 de março de 2011
Périplo pelo belo Alentejo
MONSARAZ
ÉVORA
MONSARAZ
MONSARAZ
MONSARAZ
MONSARAZ
MOURÃO
MITRA (ÉVORA)
MITRA (ÉVORA)
Quero partilhar algumas das belas imagens de um Alentejo encantador. Voltei mais uma vez a esta bela região do nosso país e agora na companhia de um grupo de amigos canadianos que estão por cá de férias. Évora, Monsaraz e Mourão foi o destino desta o destino desta vez, com um clima fantástico uma gastronomia de comer e chorar por mais, e um vinho dos deuses. A opinião geral dos amigos, que visitaram esta região pela primeira vez, e perante todos os cenários, foi de estranheza pela ausência de mais turistas, habituados que estão a quase só ouvir falar do Algarve e das suas praias, região esta que já visitam anualmente há mais de dez anos. É sempre um prazer enorme poder partilhar o bom que temos com quem nos visita, sobretudo o Portugal que figura pouco nas rotas turísticas habituais.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Agaves e pedras, a relação perfeita.
Sempre gostei da envolvência de espaços com casas em ruínas, e da forma como lentamente as plantas e árvores as conquistavam. Este meu prazer fez parte de toda a minha infância e adolescência, alimentando todo um imaginário muito rico. Alguns anos mais tarde e já adulto, fui convidado a criar um espaço envolvente num jardim, em que a estrutura principal era nem mais nem menos do que uma ruína. O meu maior problema então, era a minha total falta de experiência, mas por outro lado, uma enorme vontade em experimentar. Hoje, tenho muito orgulho no que faço e sempre que sou convidado, lá estou eu a (re)construir mais uma.
As fotos de hoje são do jardim da Casa da Paz (Porches, Algarve), onde há dez anos construí este espaço e agora tem este aspecto. A presença de vários tipos de agaves ainda aumentam mais o impacto da construção, e daí pensar que se trata de uma relação perfeita!
quarta-feira, 16 de março de 2011
Foto do dia: Borboleta Carnaval no jardim da paz
Hoje dei uma mãozinha no jardim da Tina, na casa da paz. Trata-se de um jardim xerófilo que utiliza muitas plantas nativas do Algarve, combinadas com outras mais exóticas e uma ou outra árvore de fruto regada apenas com água da chuva. Nesta altura do ano, é visitado por muitos animais e hoje foi a vez desta borboleta-Carnaval (zerynthia rumina).
terça-feira, 15 de março de 2011
Plantação de suculentas em tronco de árvore
Em Novembro passado fiz uma pequena plantação de suculentas a partir das suas folhas e como não sou muito de utilizar vasos em barro ou plástico, pensei em mais tarde usar um belo tronco de amendoeira muito comum cá pelos Algarves. E assim se justificou parte do trabalho de hoje, juntando o útil ao agradável, que culminou neste "vaso tronco" perfeitamente integrado no espaço e 100% biodegradável. Mediante uma boa selecção do tronco, o que é muito importante,este pode funcionar como elemento escultórico num espaço verde, com a vantagem de ser bastante económico e, ainda, como a madeira absorve água, reduz a necessidade de regas. É só vantagens...
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