sábado, 1 de setembro de 2012

Brincando com esparto nos Reis







Depois de apanhar algum esparto (Stipa tenacissima), uma planta comum no nosso pais e outrora muito usada por cá, chegou o momento de aprender a trabalhá-lo, e nada melhor do que fazê-lo na companhia de amigos. Foi o que aconteceu hoje com a família Reis, de Alcantarilha.  
Primeiro, houve que pisar o esparto e, de seguida, molhá-lo para ser trabalhado. Depois foi dividido em molhos de trinta folhas e, com elas, foram feitas algumas tranças (numa técnica conhecida localmente como empreita) que, no final, formaram um padrão interessante quando foram entrelaçadas. É verdade que este mini-workshop com esparto deu origem a momentos bem passados, e a um primeiro contacto com a matéria prima. Reconheço que ainda tenho muito que aprender.
Felizes da vida, andavam os gatos lá pela quinta... É só AMOR

10 comentários:

  1. Zé Júlio

    Realmente é um trabalho fascinante a partir de umas palhinhas fazer nascer um entrançado, que se entrança noutros entrançados, formando um recipiente que durará décadas e décadas. Até parece que os gatarrões seguiram o ritmo das vossas mãos e também se entrelaçaram solidamente um no outro.

    Abraços entrelaçados a este blog

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  2. Estes gatos estão uma delícia. Até lhe dá uma dentadinha!
    Também os bichos sabem do amor... Será que choram e ouvem fado?

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  3. Seu blog é maravilhoso!
    Já vou ficar aqui!
    Abraços!

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  4. És tu com o esparto e eu com os bilros.
    Comprei uma estrutura para fazer este tipo de renda numa feira, mas até agora só consegui colocar os meus nervos em franjas, que não são de bilros!
    Ando com os olhos em bico de tanta volta e reviravolta que dou aos binhos. Não sei quem está mais tonto, se eu se os binhos.
    Mas a renda sai toda trocada! Nada se aproveita, espero que o teu esparto se aproveite mais! Senão estás mal!
    Boa continuação, com gatos, e outra bicharada, à mistura, claro!
    Eu tive por lá um gatito, meio selvagem, mas, pelos jeitos, finou-se, pois deixou de aparecer! Já estava habituado às miadelas do bicharoco!
    Manel

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  5. Tú lo has dicho " EL CONTACTO CON LA MATERIA PRIMA ES ALGO MUY ESPECIAL" Hermosa fotografía y lindo trabajo . Saludos desde Canarias

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  6. Ai,Julio
    Que maravilha de vida
    MUIiiiiiiiiTO cansativa,acredito,mas ao fim do dia,aquela sensação do trabalho feito...maravilha
    E esses gatinhos,que coisinha mais fofa
    Essa foto esta uma beleza
    Abraços
    Yasmin

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  7. Olá Zé. Tudo bem. Esparto - estive vendo as fotos e lendo o teu texto. Não sabia que se trabalhava esparto verde. Eu só sei trabalhá-lo seco que depois é demolhado pra se trabalhar melhor não faz doer tanto as mãos. Penso que ao ser trabalhado verde quando secar essas tranças vão ficar frouxas. Isso depois nao se desmancha???? Quanto à empreita tradicional não são tranças de 3 ramais , mas sim de 9, 13 ou 17 ramais é assim que sei fazer. Depois é cosida com corda de esparto ou outro tipo de material. Fazendo-se alcofas, ceiroes , gorpelha, tanhos, barças etc. Um abraço.
    Moreno

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    1. Olá Moreno,

      Obrigado pela explicação e, mais uma vez, fiquei com vontade de conhecer-te pessoalmente.
      Em relação ao esparto, o que fiz foi apenas uma brincadeira e reconheço que ainda tenho muito que aprender.
      Gostaria de saber o teu email, para trocarmos mais informações.

      Abraço

      Júlio

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  8. Olá Zé. Tudo bem. Vi o que pedias e ja te enviei o meu e-mail para o teu. E qurendes é só........ (iste é à algarvia) eh ehehh.
    Olha de 12 de outubro a 11 novembro em Sintra vou expor algumas peças de esparto, palma e cana (estera) feitas por mim na Villa Alda numa exposição dos funcionários da Câmara, onde eu trabalho.
    Um abraço
    Moreno

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  9. Com certeza teus antepassados deixaram esta Herança em Solo Brasileiro.
    Conheço muito este trabalho. Não sei fazer, mas sei admirar.

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