segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Um rosa quase extinto, numa amendoeira quase morta...







Outrora mais comuns, estas amendoeiras estão hoje condenadas à extinção, por terras do Algarve. Ninguém sabe ao certo quantas variedades antigas ainda existem hoje, mas de todas, as que produzem flor cor de rosa mais escuro, são certamente as que correm mais perigo de desaparecerem dos campos algarvios. Estas velhas árvores estão normalmente associadas a uma amêndoa que poucos conhecem fora desta região, e que, embora sendo conhecida, poucas pessoas as tinham antigamente.
A amêndoa-de-coco, ou ainda amêndoa molar, faz parte das variedades que produzem fruto de casca mole, sendo facilmente partida com os dentes ou dedos, mas uma das razões que fez com que, no passado, fosse pouco cultivada, era a sua fraca produção. Claro que estávamos num tempo em que se valorizavam os "frutos da terra" e a sua abundância, da qual dependia a sobrevivência das famílias. Hoje, no entanto, penso que esta variedade podia facilmente ser valorizada dum ponto de vista ornamental. E que bom seria uma destas nossas árvores antigas, e quase extintas, no jardim de todos nós... 
As fotos foram tiradas num terreno onde há um projeto para um novo shopping, a ser construído em breve e, claro, será mais uma árvore a abater, pois como diria o "outro", é só mais uma amendoeira, e o Algarve tem ainda tantas.
Mudando de assunto, hoje fiz mais um amigo, um pequeno lacrau!

9 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  2. O rosa dessas amendoeiras assemelha-se quase ao das azaleas.

    Será que pegam de estaca ou é necessário fazer uma enxertia?

    A última foto é um bom exemplo de como vives em harmonia com os animais. Até o lacrau parece gostar de ti. Enfim, cativas pessoas e animais.

    Abraços

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Amigo Luís
      Infelizmente, a amendoeira não pega de estaca, o que é uma pena. Só mesmo através de enxerto.

      Abraço forte

      Eliminar
  3. Esse pequeno escorpião fez-me lembrar que, há muitos anos, e sofrendo o meu pai de dores reumáticas recorrentes, resultado da doença crónica que padecia, lhe recomendaram, como remédio, que se deixasse inocular por veneno de escorpião, ao que ele, em má hora, acedeu.
    Vários amigos acorreram à serra, levantaram pedras e calhaus à procura dos temidos artrópodes, e lá trouxeram a colheita.
    Lembro-me das dores excruciantes que terminaram numa correria para o hospital!
    Se o remédio seria válido, não sei, mas que ele preferiu a doença, lá isso preferiu!
    Este daqui deveria ser um primo muito afastado, e seguramente mais sossegado e sociável, dos do meu pai!
    Este rosa, cálido e suave, deve ter servido de tranquilizante e incentivou a "amizade" do humano e do bicho!
    Um bem hajam
    Manel

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Amigo Manel, ainda não tive a oportunidade/coragem para sentir a picada de um escorpião, mas acho que está para breve, pois passo o tempo a brincar com o fogo...

      Abraço amigo

      Eliminar
  4. Oi Zé Júlio, me encanta o seu modo de ver as coisas, e de saber valorizar a natureza ao seu redor, nota-se amor em suas palavras por este lugar maravilhoso onde moras e que, nós que temos o prazer de desfrutar das belas imagens e textos vamos nos deixando envolver, eu já gosto muito de Algarve, fico imaginando um dia conhecer pessoalmente...
    Abraços!

    ResponderEliminar
  5. Simpática Fátima, será uma prazer mostrar-lhe o Algarve que conheço e de que gosto tanto. Apareça!

    Abraço!

    ResponderEliminar
  6. Olá Zé Júlio, parabéns pelo blog! Já algumas vezes que aqui venho e acho os seus posts interessantes. Não tenho muita experiência em enxertia, mas gostaria de tentar propagar esta variedade numa amendoeira que aqui tenho. Onde se encontra esta árvore?
    Um abraço,

    Geraldo

    ResponderEliminar
  7. O escorpião deixa se pegar? Não pica logo? Acabei de encontrar um, e decidi não o matar... Afinal de contas, o bicho já cá deve andar há mais tempo...

    ResponderEliminar