segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Ontem, "a penantes", lá fizemos mais 20 km da Via Algarviana







Aqui estão mais umas belas imagens do tal Algarve, que poucos conhecem, e onde somos constantemente presenteados com a simplicidade humana e a vastidão da paisagem. Ao longo dos 20 km, passamos por algumas pequenas localidades, onde a simpatia dos seus poucos habitantes nos deixa a vontade de voltar a percorrer esta via.
Como sempre, estas fotos estão muito longe de transmitir a realidade destas populações perdidas no espaço, e por vezes até no tempo, e que aos olhos dos "urbanos consumistas" não fazem qualquer sentido. Embora acredite que estas gentes, com muito pouco, facilmente poderiam dar preciosas lições de simplicidade: apesar da vida dura associada a esta forma de viver, ou melhor, sobreviver, são felizes, e muitos de nós que, tudo tendo, vivemos, muitas vezes, miseravelmente infelizes...    

Mas uma vez, não me arrependo de um único km caminhado. Bem haja  à organização.

8 comentários:

  1. Esta simplicidade de que falas, muito me toca, Zé Júlio... Apesar de viver urbanamente, meus antepassados, parte deles vinda de Portugal, viveram assim, perto da terra, cultivando-a e amando-a, bem como a tudo que os rodeava. Sinto sempre uma agradável nostalgia ao ver os lugares que visitas... Parece que minhas células guardam na memória algo desses lindos lugares que escolhes e fotografas com gosto e arte! Abraço!

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  2. Excelentes imagens!
    O Algarve é tão rico e está miseravelmente mal aproveitado. Como é possível deixar-mos estas coisas de parte?
    É mais que verdade Zé Júlio, aos olhos de muita gente, os tais consumistas urbanos, isto não tem valor nenhum! É a parvalheira como muitas vezes oiço chamar...Enfim sem esta parvalheira estamos condenados à miséria como aliás já se vai vendo...
    Continuação dos "grandes achados" por este Algarve fora e dos excelentes trabalhos de arquitectura paisagística! Já agora, aquela ideia da porta no jardim é fenomenal! Realmente inspirador! tenho aprendido muito por aqui e estou a transportar algumas ideias para o meu jardim. Abraço!

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  3. Zé júlio, é este Portugal que eu gostaria que perdurasse, mas julgo estar condenado,e temo não me enganar ... pelo menos a julgar pela sanha com que vejo a sua destruição (pareço quase o Velho do Restelo, e gostaria tanto que tal não sucedesse!)
    Carpe Diem, e, em simultâneo, se for possível, façamos com que este dia a dia possa ser conhecido das gerações vindouras, que me daria muito prazer em poder comunicar-lho!
    Um bem hajam pelas palavras e pelas fotografias
    Manel

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  4. olá Zé bonitas imagens e uma boa mensagem referente à vida dessas gentes.
    Ricas cabrinhas algarvias, infelizmente é uma raça que está em perigo de extinção asim como a ovelha churra algarvia e infelizmente as vacas algarvias já o foram há muito, apesar de dizerem que ainda existem uns exemplares algures no Alentejo???. Esses fornos lindos onde outrora se cozia pão, folares etc que também já vão existindo poucos, vão caindo, vão sendo derrubados. Esse resto de uma nora (engenho) de madeira que há muito deixou de aparecer na nossa paisagem. Essas cantarias e desenhos das fachadas de casas espectaculares e a imensidão da paisagem por montes e vales que são realmente muito bonitos. Isto é em que zona da serra? continuação de boas caminhadas. Um abraço.Moreno

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    1. Olá Moreno,
      A caminhada foi feita na serra a norte de Tavira, próximo de Vaqueiros. Abraço

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Lá isso é verdade…
    Quem tem “tudo” e vive miseravelmente infeliz, desafortunadamente não se sente amado nem consegue amar. O brilho material obscurece a proveniência da felicidade. Por outro lado, quem não tem nada, só tem o amor que lhe valha! Aí é engendrada a felicidade. Duas condições distintas relativamente à saúde subtil do coração de cada um… Pois que nem a felicidade nem a infelicidade duram para sempre. Perder “tudo” (bens e pessoas) por vezes é uma bênção.

    http://www.youtube.com/watch?v=MuAGGZNfUkU&feature=endscreen&NR=1

    Always with love. S2

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  6. Ale Hanks (Alessandra)29 de fevereiro de 2012 às 22:22

    Tem razão, ter tudo atrapalha a mente humana, desvia do caminho da verdadeira felicidade. Lindas fotos, deu vontade de participar dessa vida simples, estou precisando...

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