quinta-feira, 21 de abril de 2011

A floração dos acantos






Quando era criança, gostava de brincar no meio desta plantas que cresciam numa mata de carvalhos, próximo de casa. Todos os anos por esta altura, e estando eu de férias escolares, passava longas tardes nesta mata repleta destas estranhas plantas, com as suas enormes flores e folhas. Este local, durante muitos anos, foi mágico, uma espécie de mundo primitivo onde me sentia bem e gostava de estar. Esta era, também, uma planta que me intrigava muito, pois pouco tempo depois desaparecia por completo sem deixar rasto. Às vezes, sinto saudade desta ingenuidade típica destas idades. Hoje, sempre que encontro acantos, recordo a minha infância e adolescência, como aconteceu há uns dias atrás quando fui até Alte, aqui no Algarve. É uma planta robusta do Mediterrâneo , muito ornamental, gosta de sombras, e, no nosso clima, sobrevive apenas com a água  da chuva. A parte vegetativa seca por completo durante os meses mais quentes. O local onde cresce não deve ser mexido, pois pode prejudicar o crescimento no ano seguinte.
Uma curiosidade: desde a antiguidade que as folhas desta planta são reproduzidas na escultura, como é o caso dos capitéis do estilo coríntio.

2 comentários:

  1. Se não me engano essa queda de água fica num lugar chamado "Pêgo do Inferno". Dizem que o fundo da lagoa é tão fundo, que um dia caiu lá uma vaca e ninguém mais a viu. Se calhar há lá mafaricos. É um dos tantos lugares místicos no Algarve por onde já passei, e recordo com saudade nas imagens tão bem retratadas por si.

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  2. What a wonderful history of Acanthus mollis. It is a treat to see them growing so vigorously. Thanks.

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