terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Dia de campo








Mais alguma velhas ruínas que encontrei hoje na charneca algarvia. Na companhia do meu amigo Ludgero, nascido nesta bela região, conheci mais duas casas (ou o que resta delas), e em ambas ainda é possível admirar os oratórios e cimalhas interiores.
Conheço centenas de ruínas no Algarve, mas só nesta parte, conhecida como charneca, no concelho de Loulé, tenho encontrado estes símbolos de uma religiosidade popular, em casas anteriores ao séc.XX. Embora não sendo religioso, tenho um enorme respeito e fascínio por estes oratórios.
Uma outra curiosidade, é que tenho encontrado, quase sempre, tufos de açucenas próximo destas ruínas, que, segundo o meu amigo, eram as flores habitualmente usadas para pôr no "pai d'céu", nome dado a estes oratórios. A última foto mostra um enorme tufo de açucenas.   
Este é o Algarve que morre a cada dia que passa, e que me apaixona cada vez mais. Aqui está a verdadeira essência da região, sufocantemente nostálgica, e não muito longe do litoral das praias douradas.

2 comentários:

  1. Zé , é pena que o meu/nosso ALGARVE esteja infelizmente a cair por terra, muitas casas que bonitas que ainda existem mas em ruinas, estão caindo. Não se entende porque não se defende melhor o património construido. A zona de Loulé tem muito destas caracterisiticas assinaladas nas fotos eu conheço algumas casa em mau estado na zona de Vale judeu que apresentam esses nichos e cimalhas. E para quando mais umas fotos de Chaminés para ir enriquecendo a sua colecção? Um abraço.
    Moreno

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  2. Bonito texto Zé Júlio e as fotos impecáveis como de costume.

    É muito curioso, mas na casa da minha família paterna em Trás-os-Montes existia um nicho algo semelhante a esses, que mostrou, no quarto do meu trisavô. Andei à procura dessa imagem no meu blog e descobri que nunca cheguei a publica-la e talvez seja agora uma boa altura, pois o que foi fotografado há cerca de cinco anos já terá caído entretanto.

    As ruínas comovem-me sempre.

    Abraços

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