domingo, 30 de outubro de 2011

Dia de ir ao "ginásio"






Com a chuva, vêem as primeiras sementeiras no Algarve, o que normalmente acontece mais cedo; mas com a falta de chuva deste ano, só agora comecei a semear as primeiras favas. Ontem foram semeadas mais umas quantas, e durante o próximo mês tenciono continuar a cavar os dois lados do caminho privado da Aroeira, em Messines, e semeá-lo com esta leguminosa.
O Algarve é a primeira região do país a colher favas frescas. No meu caso, gosto muito de cultivá-las ao longo deste caminho, com um pouco mais de 200 metros de extensão, que vai desde entrada da propriedade até à casa/ruína. Durante o inverno, as faveiras formam duas bonitas bordaduras. 
Esta é, também, uma boa maneira de queimar algumas calorias fazendo algo útil, mesmo que mais tarde não saiba o que fazer com tanta fava...
No final da plantação, ainda houve tempo para apanhar algumas goiabas e limas, que crescem na quinta ao lado, e que, curiosamente, utiliza estas árvores como sebe da propriedade, infelizmente desperdiçando a maior parte da produção, dado que sob estas árvores há tapetes de fruta no chão. Parece que não existe escoamento para o que é produzido cá, e só o importado é que é bom... O Marquês de Pombal já lutava contra a esta realidade, e volvidos alguns séculos, pouco mudou. Será que o que é nacional não presta?

2 comentários:

  1. Caro Zé Júlio,

    Assino por baixo deste seu "post", parece impossivel que climaticamente o nosso país seja "abençoado", onde podemos cultivar desde culturas do norte da europa, como são todos os pequenos frutos vermelhos, até às frutos tropicais. Infelizmente num provicianismo saloio continuamos a preferir tudo o que é importado e a deixar os nossos terrenos incultos para serem pasto das chamas no Verão.
    Também eu já preparei a terra para as faveiras...provavelmente ainda esta semana serão semeadas.

    Um abraço e um bem haja pelo trabalho meritório de divulgação que este blog representa.

    Daniel Feliciano

    ResponderEliminar
  2. Infelizmente ´w a trista realidade.
    O mesmo verifiquei na quinta de um amigo aí bem perto ALGOZ. Laranjas às centenas de Kg no chão, entre outros frutos. Em Setembro, voltei lá para a colheita de algumas uvas e, qual o meu espanto,as fruteiras com seus frutos apodrecidos por tudo quanto é canto. Lembro-me da história do Sidónio Pais:- Plantar couves na Avenida da Liberdade em Lisboa. Quem tiver fome que vá trabalhar.
    Um abraço
    João.

    ResponderEliminar