Ontem, enquanto caminhava no campo, deparei-me com este belo cenário de flores de fel-da-terra (Centaurium erythraea). Acho que é a primeira vez que encontro tantas plantas em tão pouco espaço. Sem dúvida, um belo tapete cor-de-rosa. E, claro, logo me lembrei do seu uso medicinal em casa dos meus avós paternos em que, sempre que alguém tinha febre ou problemas digestivos, lá ia a minha avó buscar uma embalagem de papel pardo, dos muitos que guardava com outras plantas secas, tirava umas colheres do conteúdo e fazia um chá de sabor muito amargo, que só com uma colher de mel conseguia beber. Claro que ouvia sempre dizer lá por casa que quanto mais amargasse, melhor fazia. Hoje, é com nostalgia que recordo esses tempos, e após a morte de minha avó, nunca mais bebi o chá desta bela planta. Considero-a muito bonita, e perfeitamente adequada a jardins de baixa manutenção. Só como curiosidade, encontrei várias plantas com flores brancas, o que foge completamente dos tons rosa habituais.
Acho que sou um respigador moderno... Não tenho uma profissão definida, não tenho colegas de trabalho, e vivo dos pequenos prazeres do dia-a-dia, difíceis de explicar. Tudo o que faço é feito com paixão e total entrega àquilo que, para muitos, não tem qualquer valor. Gosto de criar os meus jardins secretos, reciclando, sempre que possível, plantas e outras coisas que vou encontrando no meu caminho. Agradeço a visita daqueles que queiram partilhar das minhas paixões...
Que nome tão disfórico para uma planta tão bonita. Ainda por cima com poderes medicinais.
ResponderEliminarBoa semana.
É que sabe mesmo a fel.
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