terça-feira, 29 de novembro de 2011

Finalmente, a construção...








Hoje foi o primeiro dia da construção de uma parte do jardim do Ludgero. Este projeto irá ser quase todo construído à mão, ou seja, com reduzidas emissões de CO2, e com muito espaço para dar largas à imaginação, como eu gosto. Tudo será válido, e algo que gosto de fazer é avançar com a plantação, à medida que a construção vai avançando também. O descanso acontecerá sempre que o corpo pedir, portanto, terá um outro calendário que não o Gregoriano... ;-) Como o trabalho hoje foi pesado, acho que vou acordar amanhã com algumas dores no corpo, mas a noite, essa, vai ser muito bem dormida.
E enquanto uns trabalhavam, outros bebiam algum leite, para engordar, ao passo que eu, com o trabalho, espero começar a queimar as calorias que acumulei durante o verão!
O clima, este ano, parece ter antecipado a floração em algumas plantas, como é o caso das enormes poinsettia que estão plantadas junto à casa, mas também é verdade que o Natal está próximo...

domingo, 27 de novembro de 2011

27/11/2011 - Fado, Património Cultural Imaterial da Humanidade

Antes de ver/ouvir os vídeos, é favor desligar o som da minha Playlist...




Os frutos do folhado comum



Nesta altura do ano, o viburnum está carregado de pequenos frutos azuis. É um dos mais ornamentais arbustos que crescem em estado selvagem por cá, e que, infelizmente, é pouco usado nos nossos jardim, sendo uma excelente opção para sebes. A floração acontece em Janeiro e foi assunto já publicado neste blog.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Crisântemos e bromélias






Estas são algumas das flores com maior destaque nesta altura do ano. Há várias semanas que os crisântemos estão em flor e, nos últimos dias, começaram também a florir, mais uma vez, algumas das bromélias que existem na Catita.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Achado do dia: ninho de uma azeitoneira


Enquanto andava debaixo de uma oliveira a apanhar as últimas azeitona, encontrei este ninho que me parece ser de uma azeitoneira maçanilha, que normalmente faz as suas posturas de ovos nesta altura do ano. Acho que estes ovos vão dar azeite... Estes ninhos também têm sido encontrados noutras regiões do país, de acordo com o último programa que vi na National Geographic...! ;-)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Tomilhos e espargueiras selvagens




Os tomilhos e as espargueiras são duas plantas muitos comuns no barrocal algarvio e, como tal, fazem parte da vegetação da quinta da Aroeira, localizada próximo de Messines, Silves.
Se alguém estiver interessado em conhecer o aroma do tomilho "bela luz" (primeira foto), o tal com aroma a cânfora e que gosto de usar em quase tudo, é só enviar um envelope almofadado, com portes pagos, para a seguinte morada: José Júlio Machado, Vales de Pêra, Cx. Postal 42, 8365-204 Pêra.
A segunda foto mostra parte da fachada da casa, hoje em ruínas, e que originalmente não tinha vidros nas janelas, apenas portadas em madeira; por outro lado, esta casa teve elaboradas cantarias em pedra, entretanto desaparecidas. Tenho encontrado por cá muitas casa antigas com este tipo de janela, e nem sempre associadas a construções mais humildes. 
A última foto mostra o aspeto das sementes da espargueira nesta altura do ano. 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Necessária e merecida poda






Esta tem sido a minha ocupação nas últimas semanas: limpar o terreno - sobretudo cortar as muitas espargueiras (tenho uma relação amor/ódio com esta planta, que está para esta região como as silvas estão para o resto do país), que teimam em crescer por debaixo das árvores - podar e cortar os ramos mais envelhecidos das oliveiras e, por fim, apanhar as muitas azeitonas. Como o trabalho é todo manual, tenho dedicado um dia a cada árvore. Estas podas vão garantir um rejuvenescimento da árvore, e uma melhor produção em 2013,  pois as oliveiras e alfarrobeiras no Algarve têm uma produção bienal. E com o corte deste ramos, já garanti, também, a lenha que irei queimar nos próximos invernos.
Após a apanha, a azeitona é levada para um lagar em Messines, onde é processada. Normalmente, por cada arroba (15kg) entregue, recebo 1,5 l de azeite, com 1 grau de acidez. O azeite deste ano, tenciono aromatizá-lo com o mais aromático tomilho que existe por cá, e conhecido como "sal puro" ou bela luz, caracterizado por um aroma canforado, e engarrafá-lo em belas garrafas. Serão os presentes utilitários deste Natal para família e amigos.

domingo, 20 de novembro de 2011

Coleção outono/inverno, parte II





O meu ajudante ouriço achou, e muito bem, que o que as botas não precisavam de cor, mas talvez um pouco mais de verde, e assim transformá-las em verdadeiros jardins ambulantes. Por vezes, gosto de  me descalçar antes de entrar em casa, e este par de botas pode perfeitamente decorar a entrada principal, e assim fazer companhia a outros pares de calçado...
Quando senti a necessidade de acrescentar algo mais às botas, tudo era válido, mas optei por estas suculentas aeonium castello-paivae, que tenho por hábito usar em plantações que faço nos muros, criando assim jardins verticais. Desta forma, consegue-se facilmente criar a ilusão da passagem do tempo, e é mais uma maneira de aumentar a área de plantação num jardim.
Voltando ao calçado: após os furos feitos, um por planta, com uma broca de madeira, e sem esquecer um furo na sola para escoar a água, usei podas desta suculenta com um pequeno pé, de cerca de 3cm de comprimento que rapidamente irão criar raiz.
Acho o resultado final interessante, e mais tarde serão mais uma curiosidade, das muitas que este pequeno jardim tem para mostrar.

sábado, 19 de novembro de 2011

O grande pavão noturno




Mais uma maravilha noturna encontrada no Algarve. Os cerca de 16 cm de envergadura fazem desta mariposa a maior existente no continente europeu, e é simplesmente fantástica. A decoração das asas, em que são visíveis quatro olhos, destina-se a afastar potenciais predadores, sobretudo aves noturnas. 
Diariamente não sei o que me espera neste meu jardim santuário, mas surpresas como esta deixam-me num estado de encantamento e felicidade por muito tempo. Por vezes estou triste, mas sei que basta entrar neste meu mundo para o qual tenho a chave da porta... Mil metros quadrados feitos à minha medida.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Canto do cisne.



                                                                                                                                                                                  Photo by Forest & Kim Starr

Este será o último ano de vida para o meu primeiro agave attenuata. Comprei esta planta em 1997/8 e, na época, paguei 2000$00, uma loucura! Veio depois de Sintra para o Algarve, após o meu regresso definitivo dos EUA em 2001. No ano seguinte, foi uma das primeiras plantas que coloquei na Casa Catita e, desde então, tem crescido, e dos rebentos que criou no tronco já consegui mais de 10 novas plantas.
Os agaves vivem muitos anos, e quando estão no seu melhor, lançam o espigão da flor, e morrem. Quando constatei que as folhas mais jovens tinham este aspeto de "pincel", não queria acreditar. Tinha chegado a hora! Neste momento, toda a energia que a planta armazenou ao longo dos últimos anos, vai ser usada para produzir um espetacular espigão, com mais de 2 metros de comprimento, cheio de flores, e semelhante a um pescoço de cisne que, aliás, é um dos nomes pelos quais este agave também é conhecido. É um momento verdadeiramente apoteótico na vida desta planta, que culmina com a sua morte. 
Tenho muitos outros agaves iguais, mas este será o primeiro que me vai permitir acompanhar de perto todo este processo. Mas tarde tenciono partilhar através de fotos todos os momentos deste "canto do cisne".
Resolvi colocar a última imagem para mostrar como pode ficar o meu agave, e como pode ser espetacular ter um canteiro cheio deles, coisa que também espero conseguir...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

E assim seriam os frutos da minha polinização...



Há algum tempo atrás, tentei ser uma abelha e polinizar as enormes flores desta pitaya, mas acho que sou um fracasso... Tive esperanças de conseguir finalmente pôr as minhas plantas a produzir estes belos e saborosos frutos, mas ainda não foi desta.
Hoje, durante o dia encontrei agarrada a uma poste de iluminação, à beira de uma estrada próximo de Messines, uma pitaya que tinha alguns frutos. Parei e apanhei estes dois frutos, com o objetivo de os fotografar na casa Catita, numa espécie de fotomontagem, para mostrar como seriam se tudo tivesse corrido como esperava, após o trabalho de polinização.
O sabor do fruto é muito interessante, e em nada semelhante ao que podemos apreciar quando compramos o mesmo fruto importado.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A casa dos gatos pretos









Este conjunto de casas localiza-se no Algoz, Silves, e apesar do mau estado e abandono, ainda hoje não deixar ninguém indiferente. Gosto muito da combinação de cores que apresenta, e confesso que sempre que posso, elas são a minha opção quando preciso de pintar alguma parede. São cores quentes, que vão bem com jardins, e que proporcionam um bom contraste com o verde das plantas.
Quando penso que, não há muito tempo, as câmaras municipais queriam forçar os seus munícipes as pintar as novas casas de branco, com a justificação de que era a cor tradicional do Algarve, e agora olho para este conjunto, fico triste, pois quem decide tais tendências nada conhece desta região, que outrora foi tão colorida.    
Esta casa é um bom exemplo daquilo que acontece no nosso país, e sinto que só nos resta fotografá-las, pois, neste caso em concreto, mais ano menos ano, ela vai abaixo para dar lugar a um prédio que, acredito, tudo terá de feio.... 
Sorte dos gatos que habitam estas casas, cada um na sua janela e, por certo, conhecedores do interior, coisa que invejo. 

domingo, 13 de novembro de 2011

Suculentas em flor





Ter um jardim com suculentas é um privilégio, na minha opinião, e por várias razões. A sua resistência a longos períodos de seca é uma verdadeira lição de sobrevivência que me fascina, sobretudo a transformação fantástica que acontece logo após o início da estação das chuvas. As flores e as folhas variam muito de planta para planta, o que, mediante uma boa selecção de suculentas, permite que haja sempre muita cor e flor ao longo do ano. E, por último, e não menos importante e que não me canso de repetir, a baixa manutenção que envolve o seu cultivo; portanto, são só vantagens. Claro que tudo isto só é possível em climas temperados, e com invernos amenos sem geadas, como aconteceu no ano passado aqui no Algarve.
As fotos de hoje mostram as suculentas que estão em flor no jardim, nesta altura do ano. A primeira é uma echeveria que foi plantada a partir de uma folha, no início deste ano. Na segunda foto, são flores de uma stapelia hirsuta, na qual são bem visíveis os ovos brancos que as moscas deixam nas flores, porque confundem-nas com carne em decomposição. A planta, para conseguir convencer os insectos, neste caso moscas, a fazerem a polinização, liberta um leve aroma a carne podre. Claro que estes ovos apenas irão alimentar outros insectos, normalmente formigas. Por último, temos flores de um cotyledon barbeyi que terá uma floração continua até ao inverno.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O meu ajudante é um gato!





O Kikas tem sido o meu ajudante nestes últimos dias, no jardim da Quinta dos Reis. Para os donos da casa, ele é uma ela, mas como ele/ela não tem o hábito de responder pelo nome, acho que nunca ficou muito incomodado com a troca. 
O bichano, ainda jovem, passa grande parte do tempo a inspecionar o que vou fazendo, e acho ele que não gostou muito da utilização que eu dei às pedras brancas, pois foi difícil conseguir mantê-las à volta da bromélia... 
Acho que vou ter de arranjar outro ajudante mais intuitivo, e com  melhores modos! A sorte deste é eu ser um bom amigo da família...  
Bom fim de semana.